sábado, 29 de novembro de 2008

DOMINGO DE FUTEBOL

Nesse domingo passado sai pra dar uma volta na cidade, passando pela avenida níquel, saída para Niquelândia. Percebi aquela muvuca, um amontoado de gente. Cheguei perto para verificar e percebi que ia rolar um futebolzinho esperto. Para ser mais claro, seria uma decisão. Tipo aquelas que rolavam na década de 80. Vasquinho X Vera Cruz, União X Guarani. Ah! meu tempo passado que não volta mais. Meu saudoso Estrelinha, o meu querido Vasquinho , também já joguei por lá, claro que nas categorias de base, éh! Também já fui atleta. Mas voltando ao jogo, logo que percebi que seria parada dura, e foi. Vasquinho do Nirovan presidido por seu irmão e atleta, Baé que agora já é um ilustre veterano. Consegue jogar um tempo, mais joga bem, distribui a bola no meio de campo e poe a moçada pra correr. Do outro lado o agora chamado Ponte Preta, mas que também poderia se chamar Águia Negra, Guarani e outros mais que não me vem a memória, quem souber pode me ajudar. O simplesmente time do Caju. Quem não conheceu essa figura, tão cativante, tão simplesmente Caju. Caju da festa de São Pedro, padroeiro dos pescadores. Oh! Que festa boa, que gente animada, todo mundo é convidado. E festa só termina quando o sol já está alto. Quem nunca amanheceu ou quis amanhecer dançando forro, comendo espetinho e tomando uma pra se esquentar, por que nessa época faz um frio da porra. Ainda bem que tem a fogueira pra esquentar. Que bela fogueira!!!
Mas voltamos ao futebol. Ia rolar de tudo, o jogo prometia, foi um jogo truncado e as vezes violento e muito catimbado. Catimbado porque no time do Vasquinho tinham veteranos como o nosso querido Juarezinho. Como esse garoto jogou bola, meteu uma de fora da área que só parou no travessão do adversário e catimbou bastante. Estão dizendo por ai, que se faça o exame anti doping dele, o cara correu demais. Os times eram mesclados entre garotos e veteranos como o Testa de Ferro, Giberto, Juarezinho e Baé entre outros garotos. E do outro lado se brincar tinha três gerações ali. Do caju mais novo da terceira ou quarta geração ate o veterano Venil que eu queria ter visto jogar, mas ficou no banco todo jogo. Acharam que ele esta velho. Como eu queria que os bons jogadores não envelhecesse nunca.
E abro mais uma latinha de cerveja então começa o jogo. Os tambores rufando, talvez invocando os Deuses. Era a batucada do time do Seu Caju, puxada pelo nosso saudoso Mestre Querosene. Conhecido de antigos carnavais, foi um dos ilustres componente do bloco de carnaval mais famoso de Uruaçu, o Vira Noite, quem não se lembra? Mas a falta de alguém pra empurrar aquele time, era sentida. Seu Caju, êta! negrinho bom, como nossa cidade deve a esse homem. Promovia a melhor festa tradicional, festa que povo escolheu como a festa da cidade. É a festa do branco do preto, do pobre e do rico. De quem lá comparecer, o povo quer é curtir. Lembro as vezes que vi esse time jogar, o time do Seu Cajú. Ele sempre estava ali na beira do campo, fazendo um cigarrinho e chutando uma bola imaginária, querendo também esta lá dentro das quatros linhas. De vez enquanto fazia uma reza, um benzimento, dizem que era reza brava. Aprendeu com seus antepassados........
Mas nesse domingo seu Caju não estava lá. Fazendo seu cigarrinho, chutando aquela bola imaginária, fazendo a sua reza, invocando aos Deuses força para seu povo. Não estava lá, pelo menos em corpo, mas talvez em espírito. Pode entrar Seu Caju, este estádio é teu, veja o nome na placa de entrada. Bela homenagem a tua pessoa, talvez um pouco tardia. Tu mereces muito mais, como merece. Onde quer que esteja você ainda vai ouvir a arquibancada gritar o teu nome. Caju é garra e fibra de um povo...
Naquela tarde, o time do Seu Caju empatou o jogo em 1x1 e levou a decisão para os pênaltis. O time de Seu Caju perdeu, vai que os Deuses estavam de folga. Viva seu Cajù.......

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